Criado após uma revolta popular em 8 de dezembro de 1987, o Hamas é o grupo que governa a Faixa de Gaza, território palestino com 41 km de comprimento e 10 km de largura, que fica entre Israel, Egito e o mar Mediterrâneo.
Com uma população de cerca de 2,3 milhões de palestinos, a Faixa de Gaza possui uma das maiores densidades populacioanais do mundo, apesar de ser um território pobre e que enfrenta grandes problemas de abastecimento, situação agravada por bloqueios impostos por Israel. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 80% da população local depende de ajuda internacional, e aproximadamente 1 milhão de pessoas têm ajuda alimentar diária.
O Hamas assumiu o poder de Gaza em 2007, e desde então, reinvindica um estado palestino independente. Por isso, jurou destruir Israel, travando várias batalhas desde então, a maior delas no último sábado (7), e que já deixou mais de mil mortos.
O grupo se define como um movimento de resistência baseado no Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, e tem como principal objetivo a instauração de um Estado Palestino em toda a área de Israel.
Em 2007, após uma batalha entre os grupos políticos Hamas e Fatah, na Batalha de Gaza, representantes eleitos do Hamas foram expulsos das posições no governo da Autoridade Nacional Palestina na Cisjordânia e substituídos por membros do grupo rival.
Depois de muita briga entre os dois grupos, o Hamas tomou à força o controle de Gaza, e assim, os palestinos passaram a ter dois governos – a liderança do Hamas na Faixa de Gaza e o gabinete montado pelo Fatah na Cisjordânia.
O Hamas é considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos, Japão, Canadá e União Europeia. Austrália e Reino Unido consideram apenas as ‘Brigadas Izz ad-Din al Qassam’, braço militar da organização, como terroristas.
O Irã apoia o grupo, inclusive financiando e fornecendo armas e treinamento. Outros países como a África do Sul, Rússia, Noruega e Brasil não consideram o Hamas como uma organização terrorista.