Problemas de espera de uma, duas ou mais horas na fila dos locais de votação devem ser amenizados no segundo turno das eleições no próximo dia 30. Essa é a expectativa do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE- DF), que preparou um novo esquema de atendimento nas seções eleitorais.
De acordo com o presidente do TRE-DF, desembargador Roberval Belinati, neste segundo turno os eleitores serão cadastrados pelos mesários de forma mais célere, a fim de garantir maior agilidade nas salas de votação. Enquanto uma pessoa vota, outra já estará fazendo a identificação com documentos e biometria junto à mesa.
A demora na fila foi a maior reclamação da população no primeiro turno das eleições. Cada voto durava em torno de um ou dois minutos. Desta vez, com a escolha de apenas um candidato para o cargo da presidência, a votação não deve durar mais de um minuto por pessoa nas urnas, segundo o presidente do TRE.
“Vai ser bem mais rápido”, disse Belinati. “As filas vão acontecer porque são inevitáveis. Muita gente vai em um mesmo horário, principalmente às 10h, que é o que mais tem gente. É impossível evitar a fila, mas ela vai se mover com maior rapidez”, afirmou.
Quanto à segurança, nada irá mudar. Assim como no primeiro turno, mais de seis mil policiais deverão acompanhar as urnas eletrônicas e locais de votação, a fim de evitar confusões diante da polarização neste próximo processo eleitoral. De acordo com Belinati, a única mudança efetiva será na celeridade.
Nova lacração das urnas
Assim como no primeiro turno, as urnas começam nesta quarta-feira (19) a serem lacradas para o próximo dia 30. Os 6.748 aparelhos desta vez, porém, passam por um processo mais simples e, portanto, também mais célere.
Como receberam carga, foram lacradas, identificadas e programadas, as urnas agora recebem uma nova lista com as informações dos dois únicos concorrentes no DF, os presidenciáveis Jair Messias Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Assim, o lacre que receberam no primeiro turno está sendo substituído por um novo, que indicará a integridade das votações e, portanto, do resultado no dia das eleições. Haverá também um autoteste para saber se as urnas estão funcionando corretamente. As 47 que apresentaram falhas no dia 2 de outubro ficarão guardadas.
Após este processo que deverá durar até quarta-feira que vem (26), elas serão carregadas nos caminhões no dia seguinte (27) e transportadas para os 610 locais de votação a partir do dia 28 de outubro. No sábado anterior à votação (29), serão montadas nas salas das seções eleitorais para funcionarem devidamente no domingo (30).