O Ministério da Defesa aprovou diretriz para orientar o emprego das Forças Armadas na garantia pela votação e apuração das Eleições 2022. A atuação dos militares ocorrerá nas localidades e nos municípios em que forem solicitados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A portaria com a autorização foi publicada no Diário Oficial da União da última quarta-feira (14).
De acordo com a publicação, as Forças Armadas vão operar no transporte de pessoas e materiais destinados à realização do pleito. A princípio, serão ativados seis comandos operacionais em diferentes regiões do país. No entanto, o texto deixa expresso que “outros comandos conjuntos poderão ser ativados mediante ordem ou as áreas de responsabilidade poderão ser alteradas de acordo com a necessidade”.
Caberá aos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica assegurar recursos operacionais aos comandos conjuntos ativados para as ações de garantia da votação e apuração, além do apoio logístico ao pleito. Eles também deverão indicar os representantes para compor os Estados-Maiores Conjuntos ativados.
Já aos comandos conjuntos ativados caberá atuar — em coordenação com os órgãos municipais, estaduais e federais — em apoio à Justiça Eleitoral, buscando atender às demandas encaminhadas pelo TSE. A portaria ressalta ainda que, para o cumprimento dessa missão, deve ser observada a Constituição Federal, além de uma série de leis específicas, como do Código Eleitoral e do Estatuto dos Militares, entre outras.
Na segunda-feira (12), o TSE afirmou que as Forças Armadas não vão ter acesso diferenciado aos dados da votação nas eleições deste ano, com o recebimento em tempo real das informações enviadas pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) ao TSE.
“Não houve nenhuma alteração do que foi definido no primeiro semestre, nem qualquer acordo com as Forças Armadas ou entidades fiscalizadoras para permitir acesso diferenciado em tempo real aos dados enviados para a totalização do pleito eleitoral pelos TREs, cuja realização é competência constitucional da Justiça Eleitoral”, afirmou o tribunal.