O governo do Distrito Federal acabou com o toque de recolher e o limite de horário de funcionamento do comércio, eventos e para a venda de bebidas alcoólicas. O fim das restrições começa a valer a partir da próxima quarta-feira (8), após o feriado do Dia da Independência.
A norma foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial do DF, na tarde desta quinta-feira (2). O toque de recolher foi instituído em março e, nos últimos meses, reduzido gradualmente. No início era de 20h às 5h e, em junho, diminuiu para o período das 1h às 5h, em vigor atualmente.
Já o setor de comércio e serviços teve o horário de atendimento ao público limitado em 29 de março. As regras atuais preveem que os estabelecimentos e eventos encerrem atividades até meia-noite.
Apesar da flexibilização, seguem obrigatórias medidas de prevenção contra o contágio da Covid-19, como o uso obrigatório de máscara de proteção, disponibilização de álcool em gel, distanciamento social e redução da capacidade de lotação dos espaços.
Covid-19 no DF
A ampliação do horário de funcionamento do comércio e serviços ocorre no mesmo dia em que a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) confirmou, pela primeira vez, a predominância da variante delta em amostras de infectados, analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). De 91 casos, 65% foram da cepa. Na pesquisa anterior, o índice era 49%.
Ao anunciar os dados em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (2), o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Fabiano dos Anjos, reforçou a importância da vacinação e dos cuidados contra o contágio no cenário atual do DF .
“Quem não vacinou ainda está correndo um risco maior. A variante delta é de cinco a seis vezes mais transmissível [em relação à cepa] que, até então, circulava no DF. Torna as pessoas mais suscetíveis a desenvolver casos graves”, disse Fabiano.
A taxa de transmissão contra a Covid-19 no DF está em 1.08, o que significa que cada infectado pode contaminar mais 108 pessoas.
O aumento do contágio já reflete nos números. Em agosto, o DF registrou 20.305 novos infectados, 600 a mais em relação a julho, que fechou com 19.705 casos. Esta foi a primeira alta dos casos desde março, quando a capital atingiu o pico de 49.477 contaminados no mês – à época, por impacto da chegada da variante Gama, oriunda do Amazonas.
by: PEDRO ALVES
